quarta-feira, 21 de abril de 2010

Se o Papa é Pop, Deus é Punk, Jesus era Hippie e o Diabo o Pai do Rock

Achei na net, bem legal esse texto!

Jesus era filho de pais separados. Aquela coisa né, criado pela mãe, playstation na sala, mas o pai sempre aparecia nos fins de semana. Nasceu dum namoro relâmpago entre o então estudante de engenharia civil e a garçonete de bar. Quando o moleque foi crescendo, as dificuldades e a precocidade do casal puseram fim à relação. Jesus não se parecia com o pai, e pairavam mesmo umas dúvidas por parte dos parentes de José. É que os dois são muito diferentes na fisionomia. A mãe nunca foi questionada sobre a paternidade, mas com seu humor peculiar, responderia a questão;
_ Lógico que é de José, eu era virgem porra, de quem seria o filho, do Espírito Santo?
Mas José é moreno, e Jesus tem olhos claros e é loiro.
Vai saber né...
Agora com 20 anos, Jesus tem uma banda bicho grilo enorme, com uma galera que
só quer saber de fumar maconha, beber vinho e tocar violão. Certa vez tomaram tanto ácido, que ficaram 40 dias psicodelizando no campo, tendo visões e mais visões.
A namoradinha de Jesus, Mary Lena é daquelas fanzocas de músicos de bandas que não pode ver um cabeludo barbudo, e já pulam no pescoço.
Jesus curte muito um roqueiro antigo, Abraão, que morreu na década de 70, sufocado pelo próprio vômito, depois de cheirar e tomar todas, com apenas 270 anos.
Ainda nem tinham o nome de JC e seu Bando, quando um empresário muito esperto, percebendo o talento e o carisma do grupo, e a possibilidade de sucesso e grana no bolso, pintou na área.
_ Rapaziada, vocês estão feitos, prontos pra explodir nas paradas, da Babylonia a Jerusalém.
Venham comigo que vou fazer vocês grandes. Confiem em mim. Muito prazer, meu nome é Judas Escariotes. Assim começou a carreira ("cafunga") de Jesus, seu primeiro hit foi "Eu sou o caminho...".
O Papa fazia um som pop mela-cueca, bem "fácil", participava de programas de auditório e cantava no playback. Saía na capa das revistas da moda, e comia as dondocas de TV. Fazia campanhas publicitárias milionárias e vendia sua imagem de bom mocinho. A banda do Papa teve um outro vocalista, até um tempo atrás, o bom e velho Jonhy Paul, muito adorado pelos fãs. Quando ele morreu foi uma via crucis ao seu enterro, e ainda hoje os fãs se dividem entre a obra do antigo e do novo vocalista. Mas a gravadora esperta, numa fantástica jogada de marketing, não querendo perder a galinha dos ovos de ouro e os dólares no bolso, lançou um concurso em um programa de TV dominical, para escolher o substituto. Pela Internet a votação bateu recorde de acesso, e foi fechado na figura de Chick Bent, um descendente de alemães de olhinhos azuis, e esperto na dança da pélvis. Em algumas biografias não autorizadas, autores afirmam que Jonhy Paul foi morto pela CIA, assim como Kennedy, Morisson, Lennon e Abelardo Barbosa, o Chacrinha.
Deus vivia no ABC Paulista e mesmo já bem coroa, ainda ostentava nas ruas a moda punk, coturno, camisetas rasgadas, alfinetes nos mamilos e um moicano meio ralo. Não perdia a oportunidade de dizer, quando havia possibilidade, com a propriedade que só ele tinha;
_ It's no future. Deus not's dead.
Afirmava ainda, orgulhoso, ter inspirado uma das melhores músicas do Sex Pistols, mesmo nunca tendo conhecido pessoalmente a Rainha.
O Diabo gerenciava uma boate barra pesada, o Hell's Club, e dizia ter sido amicíssimo de Elvis, em sua fase final, gorducho e entupido de pílulas. Quando o Rei morreu, sentadão na privada foi o Diabo que puxou a descarga. Suas preferências musicais e influências vinham do blues e do Rock dos anos 50 e 60; Robert Johnson, Muddy Waters, Carl Perkins, Stones, Cream e toda essa turma. Sua indumentária básica incluía quase sempre, brilhantina e jaqueta de couro. As melhores bandas, tanto as já estabelecidas, quanto as iniciantes passavam pelos palcos do Hell's, e tanto Jesus, quanto Deus eram figuras fáceis nas festas. O Papa pintava às vezes, mas diferente de Deus, que cuspia no chão ao entrar, este já fazia um disfarçado sinal da cruz. "Carolinha," dizia o Diabo, fumando um cachimbo legalizado. Entre os ilustres freqüentadores do Hell's Club, circulavam, Keith Richards e o Rabino Henry Sobell, que como vários outros, bebiam de graça. Suas alminhas já haviam pago os tragos.

3 comentários:

  1. Dae Cauêzera!
    Acho q vc vai gostar desse link!

    http://veja.abril.com.br/blog/10-mais/musica/as-10-melhores-versoes-de-musicas-dos-stones/

    Manda ver

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  2. Hahaha.. esse texto é a sua cara! Acho que vou passar um desafio pra você. Te dou um tema e você escreve! Que que você acha? O tema é "dormir no meio fio".

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