quarta-feira, 3 de março de 2010

CHERNOBILS

Tudo começou em 2003. O Jimme queria montar uma banda de garage punk e veio falar comigo. Mas o que seria garage punk? Um som com bases no rock n roll dos anos 50 e o punk do final da década de 70. As influências seriam Sonics, Smugglers e os clássicos dos anos 50. Me lembro bem da gente falando disso na frente do Bar Brasil. O nome da banda, Chernobils,  tiramos duma bebida que é vendida no bar do seu Miguel, em frente ao Albatroz.  Chamamos nosso amigo Hugo pra tocar baixo e depois de um tempo achamos o Guilherme pra bateria. Ensaiávamos num quarto nos fundos da casa do Jimme. Ficamos ensaiando lá, sem maiores pretensões e compondo nossas primeiras músicas. 
Em 2005  participamos da coletânea HC Scene 7, que era um CD onde várias bandas da cidade participaram com duas músicas. Contribuímos com "Fading Away" e "On A Roll". Nosso primeiro show foi na festa de lançamento dessa coletânea, num domingo a tarde na antiga rodoviária, onde tocamos apenas 4 ou 5 músicas pra pouca gente... É, não foi muito animador haha. Logo depois disso demos um tempo, até porque o Guilherme saiu e o Hugo se mudou  pra São Paulo.

Em 2006 recomeçamos. Chamamos nossos amigos Lucas, na bateria e o Diogo na segunda guitarra, aí o negócio começou a engrenar. Na falta de um baixista, assumi o posto. Agora a idéia era outra, queriamos gravar um cd, fazer shows... Em julho de 2006 começamos a tocar pela cidade e região. Em março de 2007 terminamos nosso primeiro cd, gravado pelo Tiago Ponti num estúdio na casa dele, bem bacana por sinal. Demoramos uns 6 meses gravando e mixando as músicas, sem pressa. Um álbum com 9 faixas.

Gravamos músicas "antigas" como "Hangover", "Fading Away", "Bitter Youth", "On A Roll" e músicas recém saídas do forno como "Cheap Drinks", "Má Sorte", "Sick Sick Nite", "Reacionário" (com trechos de bandolim tocado por Fred Henning, e guitarra slide pelo nosso truta Adriano Mello) e o ska "Parceiros do Crime" (com a participação do Renan nos teclados, que futuramente se tornaria membro da banda).  No mesmo ano o Diogo se mudou pra São Paulo, aí viramos um trio. Nessa época, como não lembrar do pessoal do Trem das Onze, programa da Rádio UEL, liderado pelo Jersey Gogel, que sempre nos deu uma tremenda força. 

Em 2008 resolvemos fazer um especial Sonics, que é uma banda que a gente realmente gosta. Nessa época a onda do cover já estava grande aqui em Londrina e achamos que ia ser engraçado fazer um especial duma ótima banda, mas que pouca gente conhecia haha. Chamamos o Renan nos teclados, e o Michael no sax. Fizemos bons shows, nos divertimos muito, acho até que difundimos um pouco o som do Sonics por aqui...



Gostamos tanto dessa história que chamamos o Renan e o Michael pra continuarem na banda. Com sax e teclados começamos a mostrar mais influências rock n roll, o que deu um diferencial bem legal na banda. Além de músicas próprias, começamos a tocar vários covers, que na verdade eram versões de alguns clássicos do rock, como Chuck Berry, Little Richard, Jerry Lee Lewis, Rolling Stones, Ramones, The Clash, Sonics (é claro!).. bandas que a gente sempre gostou. E ficamos assim, nesse molde por um bom tempo. Começamos a tocar em lugares e datas legais, o que fez a gente começar a até ganhar um dinheirinho. Já estávamos até achando que eramos realmente uma banda haha, mas depois vimos que estavamos perdendo nossa essência, e que não era bem isso que queriamos. Fazíamos shows de quase 80% de músicas próprias e agora estava quase ao contrário. Nunca ganhamos muito dinheiro tocando nossas músicas, mas nos divertíamos muito, e dávamos muito mais valor a elogios recebidos. Eu particularmente não tenho nada contra bandas covers, acho até que a cidade tem algumas muito boas. 


Esses tempos paramos pra pensar sobre isso, e decidimos terminar a banda. Foi uma decisão unânime. Como já tinhamos agendado um show no Vitrola, decidimos fazer dessa data, 13 de março, nosso show de despedida. Nesse show vamos tocar algumas músicas do nosso cd e muitos clássicos do rock n roll. Vai rolar participação especial dos ex-integrantes Diogo, Hugo e Michael (que se mudou pra São Paulo) e também do Fanucchi, amigão do Renan. Compareçam!:)



http://www.myspace.com/chernobils

Chernobils: 
Leandro Araujo - Baixo/Voz 
Jimme Coutinho - Guitarra
Lucas Ricardo - Bateria
Renan Couto - Teclados 
Ex-integrantes: 
Michael Bungart - Sax
Diogo Blanco - Guitarra/Voz
Hugo Maxwell - Baixo
Guilherme Dalvi - Bateria

4 comentários:

  1. É uma pena, o fim do Chernobils. O CD é muito, muito bom, e eu fico triste d'a banda não ter seguido aquele caminho - mesmo com teclado e sax - e composto mais. Sei que parece babação de ovo pros amigos, mas não é: eu sou fã da banda, e fico triste de ver o fim.

    E masi tirste ainda de não estar aí pra ver o último show. Aliás, choque só vim UM show da banda, aquele da Rodoviária pro HC Scene. Depois vim embora pro TO e nunca mais calhou d'eu ver a banda.

    Enfim, que o último show seja foda. E que, dos restos dos Chernobas, surjam novas e boas bandas pra carregar o legado. Enquanto isso, meu cdzinho vai continuar em alta rotação aqui nos confins do Brasil.

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  2. Sem acentos vai ficar dificil de entender, mas vamos tentar.
    Mais uma banda boa, pelo menos hoje em dia e mais facil registrar as coisas em Video/Audio pra relembrar.
    A musica Cheap Drinks tem um dos refroes que eu mais gosto.
    Ainda bem que esta gravado.

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